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Instituto Politécnico de Leiria estabelece parceria com o concurso internacional de fotografia “A inclusão na diversidade”


O concurso internacional de fotografia “A inclusão na diversidade” dá um passo importante na acessibilidade ao permitir que pessoas cegas e com baixa visão tenham a oportunidade de conhecer as fotografias vencedoras das cinco edições desta iniciativa.


E, aproximar as pessoas com deficiência visual à fotografia só passa a ser possível graças à parceria que o Instituto Politécnico de Leiria, no âmbito do mestrado em Comunicação Acessível, estabelece agora com o Núcleo de Inclusão, Comunicação e Media que gere a marca ‘Plural&Singular’.


“Quer seja para a Plural&Singular na medida em que vai poder contar com algum trabalhado realizado pelos nossos estudantes no âmbito da descrição de fotografias, e, sobretudo para os nossos estudantes que, normalmente, têm que fazer trabalhos e neste caso são trabalhos que não vão ficar no armário. São trabalhos que vão ser mesmo publicitados, que vão ser mesmo utilizados e que vão mesmo para o contexto real. Como tal torna tudo mais significativo”, refere a coordenadora do mestrado em Comunicação Acessível da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, Carla Freire.


No âmbito desta iniciativa, foi criado um grupo de trabalho interessado em fazer a descrição escrita das fotografias vencedoras do concurso, que depois, eventualmente, poderá ser partilhada em Braille e em áudio. “Ou seja, fazemos mesmo a audiodescrição das fotografias para que depois através dos códigos QR qualquer pessoa consiga ouvir a descrição da própria fotografia”, explica Carla Freire.


O futuro desta parceria prende-se com a tentativa de tornar estas fotografias táteis. “Mas nós já verificámos que a questão dos contornos não chega”, sublinha a responsável. “Em testes com pessoas cegas e com baixa visão reparámos que só o contorno não chega, mesmo com uma boa audiodescrição é muito complicado. Porque quem tem cegueira adquirida tem uma memória visual, torna-se mais fácil. Quem tem cegueira congénita não tem qualquer representação visual. E o facto de sentir apenas contornos mesmo que estejam descritos dificilmente poderão compreendê-los”, acrescenta.


A longo prazo e com base na investigação, Carla Freire avança que se pretende testar “diferentes padrões e diferentes texturas para tentar dar relevo a áreas mais significativas da fotografia e depois com o apoio da descrição, da audiodescrição de facto torná-las acessíveis”.
À Plural&Singular e ao Instituto Politécnico de Leiria para validar o trabalho efetuado é essencial o apoio da ACAPO e que pessoas que estão cegas testem a aplicação das próprias normas universais. “Que nos tentassem representar com palavras delas o que é compreendido ou não daquela fotografia. Existem normas universais, vamos aplicá-las mas depois vamos testar se, efetivamente, transmitem a informação”, frisa Carla Freire.


O resultado desta parceria pretende ser apresentado na exposição itinerante das fotografias que venceram as cinco edições do concurso internacional de fotografia “A inclusão na diversidade” que a Plural&Singular está a preparar para inaugurar em 2019. “Temos que tornar esta iniciativa o mais inclusiva possível para respeitar o mote que a tem vindo a acompanhar: “A ‘inclusão na diversidade’ é um ‘mar de possibilidades’, e para esta exposição há tanto que deve e pode ser equacionado, em termos de aspetos concretos e simbólicos da inclusão de TODOS os que de alguma maneira são alvo de preconceitos e de discriminação. A Plural&Singular decidiu começar com a acessibilidade da fotografia a pessoas com deficiência visual, mas há muito mais a fazer para tornar esta exposição um exemplo de perfeita inclusão [risos]. Ou quase perfeita”, acrescentam os responsáveis da Plural&Singular.

 

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