O culminar da inclusão numa cerimónia repleta de diversidade…
- Escrito por Sofia Pires
- Publicado em Portugal
Para assinalar o aniversário da Plural&Singular e o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, ambos celebrados a 3 de dezembro, este órgão de comunicação digital, em parceria com o Centro Português de Fotografia (CPF), realizou a cerimónia de entrega de prémios do concurso de fotografia "A inclusão na diversidade".
A Plural&Singular decidiu fazer do dia 3 de dezembro, o dia do respetivo aniversário. Desde 2012 que esta data, para além de assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, também está marcada pelo lançamento de uma das edições da revista trimestral deste órgão de comunicação.
Mas este ano, algo mais se juntou “à festa” para a tornar uma realidade com direito a convite, música, bolo de aniversário e convívio numa cerimónia estendida a TODOS os que nela quisessem participar.
A realização do concurso de fotografia “A inclusão na diversidade” foi o “pretexto” ideal para que a Plural&Singular, em parceria com o Centro Português de Fotografia, apontasse a entrega de prémios deste certame para este dia e assim JUNTOS celebrarem a inclusão, a diversidade, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e o aniversário da revista.
E foi tudo isso que aconteceu no dia 3 de dezembro de 2014. Os “Mente Aberta”, uma banda integrada no projeto “Está na Hora” da CerciGaia, conseguiram que todos os presentes identificassem nos poemas já muito conhecidos de António Gedeão e Fernando Pessoa, os rasgos de inspiração provenientes do brainstorming que fazem no estúdio.
Já embalada pela música, seguiu-se a entrega de prémios aos quatro vencedores do concurso de fotografia "A inclusão na diversidade" que, nesta que é a primeira edição, contou com 60 fotos a concorrer e um júri “de luxo” para selecionar as três melhores – Sónia Silva em representação do CPF, Adelino Ribeiro da m.pt, uma empresa especialista em acessibilidade fundada pela engenheira Paula Teles e pelo conceituado fotojornalista do Público, Paulo Pimenta. Este momento ficou marcado pela informalidade com que se desenrolou, tendo, os vencedores, na primeira pessoa, dado a conhecer os projetos por detrás das fotografias, explicado o contexto do momento retratado e a finalidade com que o fizeram.
{vimeo}113716604{/vimeo}
Os parabéns à Plural&Singular cantaram-se logo a seguir à pequena apresentação do balanço de dois anos de atividade feita a partir de uma compilação de algumas imagens soltas de reportagens elaboradas para a revista trimestral. Um apanhado de momentos, sorrisos e de estórias dos muitos protagonistas das nove edições lançadas até ao momento.
O sorteio do livro de poesia de Rui Machado, "Finalmente Mar", realizou-se enquanto TODOS os presentes, se deliciavam com o bolo oferecido pela Padaria das Trinas, as bolachinhas, tostinhas e compotas da Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente (CAID) e os chocolates Jubileu que a Imperial ofereceu.
Das impressões trocadas e conversas cruzadas uma ideia foi ficando bem assente: o concurso é para continuar e tal como a Plural&Singular vai somando anos, o concurso de fotografia "A inclusão na diversidade" vai somando edições. Pelo menos a de 2015 já está em estado latente. É caso para dizer: Até para o ano!
O tema para este concurso - "A inclusão na diversidade" – assenta na ideia que a verdadeira inclusão deverá abarcar, em igualdade de direitos, de cidadania e participação ativa na vida pública, aqueles que são tendencialmente excluídos porque são mais débeis ou fogem ao padrão da normalidade e, por isso, são alvo de discriminação, como é o caso das mulheres, dos idosos, das crianças, das pessoas com algum tipo de limitação, dos pobres, dos doentes.
Ao promover esta iniciativa, a Plural&Singular, quer estimular o “olhar atento” por parte das pessoas ao verdadeiro sentido de inclusão e à presença ou ausência dela no meio que as rodeia, assim como, fazer com que reflitam sobre o que é uma sociedade caracterizada pela diversidade.
Desmistificar a deficiência junto das pessoas sem deficiência e combater os atos discriminatórios associados às ‘diferenças’ são outros propósitos importantes deste concurso de fotografia promovido em prol de uma sociedade verdadeiramente inclusiva na diversidade.
E como surgiu a inspiração para o tema deste concurso? Ler mais
O júri não conseguiu escolher e decidiu que o primeiro lugar ex-aequo devia ser atribuído às fotografias “Alone&…” e “Sê Feliz!”., cujos autores são José Pedro Martins e Ana Teixeira, respetivamente.
1.º Prémio | José Pedro Martins | Alone&…| 2011 | Gondomar
A fotografia “Alone&…” foi tirada em 2011, em Gondomar. De máquina fotográfica em punho quase que diariamente José Pedro Martins diz que a “fotografia de rua” é um dos temas que mais o cativa e, por isso, “têm sido muitos os percursos” que vai fazendo “com o objetivo de captar o fervilhar do dia-a-dia das localidades”.
“A fotografia ‘Alone&…’ foi registada no exterior do Pavilhão Multiusos de Gondomar, num desses trajetos. Foi ‘construída’ com alguma dose de paciência pois necessário se tornou esperar pelo elemento humano, tido como um dos focos determinantes do registo”, conta.
Esta “construção” da imagem foi desde logo percebida pelo fotógrafo Paulo Pimenta, um dos elementos do júri deste concurso, que ficou fascinado pela abordagem, pelo impacto, pelo enquadramento e pela criatividade, tudo o que era necessário avaliar em termos de critérios para o concurso.
“Há o tal olhar atento do fotógrafo, que fotografou, mas não foi só o fotografar. Ela [o pseudónimo desta fotografia era o nome de uma mulher] sabia muito bem o que estava a fazer e qual era o objetivo em transmitir aquele primeiro plano da cadeira de rodas, a ver a imagem de fundo do senhor a passar, a caminhar, que é o contraste e depois deixar aquele muro com grande impacto dos tijolos”, descreve Paulo Pimenta.
Sónia Silva, a presidente do júri, concorda que esta imagem é “muito impactante” e “extremamente gráfica”. “Tem todo aquele contraponto da mobilidade, do lugar reservado para quem não se mexe tão bem, com a pessoa que está a andar, com a escala humana”, considera.
Também Adelino Ribeiro chama a atenção para o impacto “da cadeira de rodas com o tal muro”. O colaborador da m.pt que veio substituir a engenheira Paula Teles interpreta: “A pessoa que é o encarnar do munícipe, da personagem, da pessoa que passa enquadrada numa cadeira de rodas que é aquela dificuldade de acessibilidade da pessoa com mobilidade reduzida”.
Ao ler estas apreciações José Pedro Martins vai descobrir o mesmo que descobriu com a atribuição do primeiro lugar: uma maior responsabilidade e exigência no respetivo trabalho como fotógrafo.
“Perceber que um júri atribuiu uma dada premiação a um trabalho de minha autoria é sempre motivante, pois permite perceber que respondi de uma forma adequada à temática solicitada. Em conclusão, algo cativou o júri entre as 60 fotografias a concurso. Será que foi o mesmo motivo que me cativou na escolha dos meus trabalhos a concurso?”, deixa no ar o fotógrafo.
1.º Prémio | Fotografia Solidária | Sê Feliz! | 2014 | Vizela
Na segunda imagem Paulo Pimenta não se rendeu tanto à criatividade. “É mais pelo momento”.
“É uma explosão de alegria daquela pessoa que está feliz. Isso é que interessa, está feliz e isso nota-se perfeitamente em toda a expressão facial dela”, completa Sónia Silva.
A verdade é que os participantes do projeto “Fotografia Solidária” sempre acreditaram que tinham trunfos suficientes para vencerem este concurso. Não é por presunção que a Farfetch - uma empresa que oferece a todos os amantes da moda mais de duas mil marcas numa loja online - acreditava na premiação de uma das três fotografias que selecionou para concorrer, mas por confiança no trabalho desenvolvido com a Associação de Integração Social de Crianças e Jovens Deficientes de Vizela (AIREV) no dia 10 de maio de 2014.
“Ficamos todos extremamente contentes. Sempre acreditamos que poderíamos vir a ser os vencedores. É sobretudo o conhecimento do nosso trabalho, do nosso projeto. E é muito bom podermos ver que este projeto vingou das mais variadas formas. E para mim, pessoalmente, é um orgulho” refere Ana Teixeira a mentora do projeto “Fotografia Solidária”.
“Aquela beleza de quem está a ser retratado e sente este prazer de participar, de estar integrado. Uns sorrisos confundem-se com os sorrisos dos outros, por isso está um enquadramento perfeito. Há aqui uma integração global, uma componente cénica por detrás”, avalia Adelino Ribeiro.
Uma vez que não poderiam concorrer com as fotografias principais do projeto que eram editas, a equipa recorreu às fotografias de backstage do projeto “Fotografia Solidária” e selecionou as que conseguissem descrever o que representou esta iniciativa tanto para os utentes da AIREV como para os colaboradores da Farfetch.
Missão cumprida segundo Paulo Pimenta: “O trabalho também tinha a ver com a magia. Aqui vê-se bastante os bastidores e é um momento, não de estar a retratar ou pousar para o fotógrafo que está a fotografar, mas do fotógrafo que consegue agarrar a alegria que há ali, a autoestima e toda a envolvência das pessoas e do espaço”.
2.º Prémio | Pedro Fontes| iLimitado 1 | 2013 | Vila do Conde
Também a imagem de Pedro Fontes que conquistou o 2.º lugar do concurso é resultado de um projeto que andava ‘à cata’ dos momentos vivenciados no quotidiano do Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual (MADI).
A fotografia iLimitado 1, tirada em Vila do Conde, foi selecionada de um leque de mais de dez mil imagens em que o autor faz questão de sublinhar que “quantidade não é sinónimo de qualidade”.
“Acho que procurei sempre imagens que, resultando em termos de luz e de enquadramento, etc, também fossem fieis àquilo que foi o meu dia-a-dia lá e àquilo que é a atividade e realidade da instituição”, explica Pedro Fontes.
O fotógrafo tentou captar sempre a “superação constante por parte dos utentes” para mostrar que “não estão encostados a um canto” e das três imagens que candidatou foi esta que mais chamou a atenção dos elementos do júri.
“O segundo lugar que ficou reservado a uma imagem que pede mais a quem a vê, para estar a olhar com mais atenção, com mais detalhe e tem vários potenciais de significados e isso também é interessante em termos de fotografia”, diz Sónia Silva.
“Aquele óculo que nos espelha efetivamente aquele primeiro plano, um segundo plano desfocado que, ao mesmo tempo, serve de caixilho para não se mostrar tudo à primeira mão. Um enquadramento perfeito de acessibilidade e inacessibilidade. Não está lá mas está lá. É claro, não é claro e integra perfeitamente o tema”, acrescenta Adelino Ribeiro.
O autor de iLimitado 1 assume sobre a premiação neste concurso que “já é muito bom ter sido escolhido para o pódio” e ter o privilégio de estar exposto no CPF, “um dos sítios fetiche de qualquer pessoa que goste de fotografia e que viva na cidade do Porto”, e “tendo em conta a temática que é”.
“Além disso o facto de ter aquele elemento no júri que é o Paulo Pimenta, que em termos de fotógrafos portugueses, se calhar deve ter sido a pessoa que mais me inspirou, que mais trabalhos vi na decisão de quase me querer tornar fotógrafo profissional e de abordar de forma mais séria a fotografia é muito bom. Acho que não há grandes palavras, acho que é mesmo muito bom nós termos noção que é aquela pessoa que idolatramos”, refere.
3.º Prémio | Léo Sombra| Monocular 1 | 2009 | São Paulo, Brasil
Do Brasil chegou o contributo de um fotógrafo que enviou a concurso três retratos registados em São Paulo. Tanto o Gustavo, o protagonista da fotografia Visão Monocular (1) que arrecadou o terceiro lugar, como o Paulo e o André têm por detrás dos respetivos rostos histórias de vida que comoveram Léo Sombra. O autor está a documentar em imagens pessoas com deficiências visuais de apenas um olho que, ao mesmo tempo, representassem a face do Brasil, que é “um país de várias raças e etnias”.
“É uma imagem que me custaria deixar passar, porque neste olhar vejo um olhar límpido e do outro lado consigo imaginar um globo terrestre com as suas nuances, que no fundo é um universo de pessoas com mobilidade reduzida e com dificuldades nas suas mais variadas vertentes desde a cognitiva, a visual, a física”, descreve Adelino Ribeiro.
O esforço que Léo Sombra teve para “juntar pessoas com uma deficiência visual” foi, pelo menos neste concurso, recompensado.
Falando um pouco mais da imagem em si, Sónia Silva assume que gosta muito desta fotografia “porque é um olhar que, em retratos, se costuma ver mais em crianças, porque é extremamente desafiador e que é fantástico numa pessoa que tem uma deficiência e nos olha de frente e diz “Sim, senhora eu estou aqui. E?”.
“Eu estou a ver perfeitamente esta imagem com este menino e os dois olhos idênticos e exatamente com a mesma expressão, ele não se sente diminuído. O olhar dele é frontal, o olhar dele é desafiador e é isso que se pretende”, remata a presidente do júri.
Adequação ao tema do concurso, originalidade, criatividade e composição foram os critérios de avaliação das fotografias. Nestes indicadores foram quatro as que se destacaram de um leque de 60 imagens a concurso. “Acho que foi uma escolha feliz a todos os níveis. Acho que todas as imagens selecionadas representam bem aquilo que se pretende”, avalia Sónia Silva.
O fotojornalista do Público, Paulo Pimenta, acrescenta que, para além das imagens serem muito boas, há um equilíbrio entre o primeiro, o segundo e o terceiro lugares.
Ler mais sobre os vencedores do concurso e as fotografias premiadas
O balanço da participação
Há uma coisa que importa realçar neste concurso de fotografia “A inclusão na diversidade”: É que, tal como o título indica, é muito mais que um concurso. Esta iniciativa tem por detrás muitas histórias e pessoas e é muito difícil conseguir transmitir a importância de algo que começou por ser uma simples ideia que rapidamente se materializou num concurso recheado de gente que organiza, que avalia, que é fotografada e que fotografa.
Os responsáveis da organização do concurso de fotografia, quer da parte da Plural&Singular, quer da parte do Centro Português de Fotografia, estavam apreensivos em relação à participação e consequente sucesso da iniciativa. Era ‘um tiro no escuro’. Sabiam que o tema era interessante embora amplo e que o júri era apetecível e reconhecido na área da inclusão e da fotografia. No entanto, entendiam que os prémios talvez não fossem suficientemente convidativos para algumas pessoas ultrapassarem a ‘barreira’ burocrática da candidatura – ficha de inscrição, cd com as fotografias a concurso e pequena memória descritiva - mas decidiram arriscar nestes termos e lançaram o concurso no dia 28 de julho.
A 30 de setembro fechava o prazo limite de candidaturas e era tempo de contabiliza-las: 60 fotografias a concurso.
“Fiquei admirado por haver mais participações do que aquelas que estava à espera e segundo terem sido submetidos trabalhos com bastante qualidade mesmo a nível de abordagem de tema, composição, impacto, mensagem”, admite Paulo Pimenta.
A Plural&Singular faz suas, as palavras de Sónia Silva, um dos elementos do júri e uma das responsáveis na parceria do Centro Português de Fotografia para a realização desta iniciativa: “Eu estou muito feliz por ter havido uma participação tão boa, quer em termos de quantidade, quer em termos de qualidade. Fiquei até francamente admirada, foi uma surpresa muito, muito agradável realmente ter tanta coisa boa por onde escolher”.
“Dei muita importância, porque faz parte do meu trabalho, àquilo que a maioria das fotografias, de facto, me transmitia a olho nu. Claro que depois tive o cuidado de ver qual era a memória descritiva e qual era o seu enquadramento, mas cima de tudo vermos a imagem por si só. O quê que ela me transmitia, qual era a importância e seguir a regra do concurso e acho que aí conseguimos um bom resultado global da escolha”. Paulo Pimenta
Mais sobre os parceiros
Da Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente (CAID), em Santo Tirso, foi solicitado o catering em que foi servido sumo, água, vinho do porto, bolachinhas sortidas de confeção artesanal, tostinhas com compotas variadas. Mas esta instituição, criada em 1998 com o intuito de responder à problemática da deficiência nas suas diferentes dimensões, é muito “prendada” e tem muitos mais produtos a oferecer a quem requisitar este serviço de catering.
A formação profissional proporcionada pela CAID, através da parceria estabelecida com a ACIST - Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso, tem como objetivo promover ações que visam a aquisição e o desenvolvimento de competências profissionais, tendo em vista potenciar a empregabilidade das pessoas com deficiências e incapacidades, orientadas para o exercício de uma atividade no mercado de trabalho, visando dotar de competências ajustadas para o ingresso, reingresso ou manutenção no mundo do trabalho.
Neste momento a CAID desenvolve, simultaneamente, três cursos de formação profissional. Para além de jardinagem e artesanato, esta entidade promove o curso de cozinha em que se ensina a preparar, cozinhar e empratar alimentos em estabelecimentos de restauração e bebidas, integrados ou não em unidades hoteleiras.
A Padaria das Trinas, que mantém as portas abertas há mais de um século, ofereceu o bolo de aniversário da Plural&Singular. Esta padaria com mais de 130 anos localiza-se na rua com o mesmo nome, em Guimarães, e distingue-se das demais por manter os processos tradicionais de fabrico de pão e pastelaria. O pão-de-ló é uma das iguarias a não perder, mas o bolo de água, em que se soprou as duas velas do aniversário deste órgão de comunicação, também fez as delícias de todos os que comerem uma fatia.
A Imperial, o maior fabricante e o detentor das principais marcas de chocolate portuguesas - Jubileu, Regina, Pintarolas, Pantagruel, Fantasias e Allegro - aceitou o desafio proposto pela Plural&Singular de “adoçar” esta cerimónia “três em um”: entrega de prémios do concurso de fotografia “A inclusão na diversidade, comemoração do 2.º aniversário da Plural&Singular e celebração do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
A empresa que tem vindo a desenvolver e a consolidar a sua posição internacional, com a introdução e comercialização das suas marcas em mais de 45 países da Europa, África, Américas e Ásia ofereceu 50 chocolates que foram distribuídos pelos presentes no evento que, embora, singelo foi agradável e inesquecível.
O Centro Português de Fotografia no Porto e a Plural&Singular para esta iniciativa podem contar já com um “namoro de longa data”. Mais de meio ano de parceria ativa parece pouco aos olhos dos incansáveis responsáveis da organização para que tudo corresse bem na realização deste concurso de fotografia e para o culminar desta cerimónia “três em um” impregnada de tanto simbolismo.
Já era sabido que a cultura fotográfica passou a estar acessível a pessoas com mobilidade reduzida que queiram visitar o CPF graças ao projeto Edifício Aberto para TODOS promovido por esta entidade. Foi concebido, no âmbito desta ação, um percurso acessível que também pretende melhorar a acessibilidade social e intelectual a todo o público que queira visitar o acervo e as exposições do edifício histórico da antiga Cadeia da Relação.
O percurso definido, sem qualquer intervenção, ainda, em termos de obras, está disponível para consulta no site do CPF e indica ao visitante “de que forma é que entra, as métricas das rampas do piso 1,2 e 3”. “Neste momento o visitante pode aceder a todos os pisos do CPF e percebe exatamente onde é que pode ir e onde não pode ir. A amarelo está identificado o espaço inacessível”, explica a técnica superior do CPF, Inês Rodrigues.
Assim, o Centro de Exposições que inclui todos os pisos, a Loja no piso 1 e a Unidade Informativa/Biblioteca Pedro Miguel Frade, assim como a secretaria no piso 2 estão acessíveis.
No terceiro piso, onde está a exposição permanente de máquinas fotográficas do Núcleo Museológico António Pedro Vicente do CPF e onde tem a cela do escritor Camilo Castelo Branco, é tudo acessível – incluindo a Sala da Extensão Cultural e Educativa onde se realiza a cerimónia de entrega de prémios do concurso. Ler mais