Ação da Federação de Pessoas Portadoras de Deficiência da Guiné-Bissau

Circular na capital da Guiné-Bissau é difícil para qualquer cidadão e pode transformar-se num pesadelo para pessoas com deficiência motora foi a conclusão tirada, sexta-feira passada, numa ação da Federação de Pessoas Portadoras de Deficiência (FPPDGB) da Guiné-Bissau.

A “aventura” começa no mercado do Bandim (Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria) que tem centenas de vendedores que ocupam os passeios de forma desordenada. Assim, não existem condições para que as pessoas com deficiência, sobretudo que se move em cadeira de rodas, circulem neste espaço.

Nesta açao a presidente da FPPDGB, Fransual Dias, avançou que pretende trabalhar com o Governo da Guiné-Bissau de forma a para definir “uma estratégia nacional para as pessoas com deficiência”, através de “medidas ao nível da mobilidade, da formação e do emprego”.

E a FPPDGB já deu exemplos do que pode ser feito mercado do Bandim, onde podem ser construídas passagens superiores e rampas.

Mas a nível nacional o trabalho é bem maior pois, defendeu a FPPDGB, passa por uma mudança de política e mentalidade de não discriminação das pessoas com deficiência.

“É uma discriminação que, por tradição, começa logo nas famílias. Algumas escondem quem nasce com problemas”, contaram os responsáveis deste organismo.

Nota para o facto desta federação ter recebido um financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no valor de 3,4 milhões de francos CFA (cerca de 5200 euros) para o período de 8 de julho a 8 de Setembro.

Esta verba está a ser utilizada na criação de material de comunicação sobre a situação dos das pessoas com deficiência no país, assim como em ações de sensibilização e contactos com diversas autoridades.