Santo Tirso: Pedro Abrunhosa e Ana Bacalhau são os novos padrinhos da CAID

Pedro Abrunhosa e Ana Bacalhau são os novos padrinhos da Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente (CAID), instituição de Santo Tirso que a 20 de maio realizou seu 5.º Jantar Anual.

Sob o tema “Cimentar”, a iniciativa reuniu mais de mil pessoas e decorreu na Fábrica de Santo Thyrso, a emblemática e histórica fábrica Teles que agora, depois de reabilitada, está dedicada à moda e ao design.

De acordo com nota da câmara de Santo Tirso, num “discurso de motivação”, o presidente da autarquia, Joaquim Couto, apelou à solidariedade. “Continuem empenhados e tragam os vossos amigos para ajudar e para serem solidários. Estão aqui jovens que têm muito amor para dar, mas têm também muito amor para receber. E nós vivemos de emoções, nós vivemos da solidariedade”, disse o autarca.

Recorde-se que fundada em 1998, a CAID ajuda, todos os dias, cerca de cem jovens e dá apoio semanal e gratuito a mais 34 jovens das unidades de multideficiência do concelho.

O presidente da direção, Alberto Costa, explicou que “o objetivo deste jantar anual é fazer com que a família CAID cresça e seja cada vez maior”. “Que toda a população, quer do concelho quer de fora do município, conheça a causa e se associe a ela, ajudando-nos a crescer. E crescer é criar cada vez mais respostas, e com mais qualidade”, acrescentou.

Um dos grandes destaques da noite foi a apresentação dos dois novos padrinhos da CAID, Pedro Abrunhosa e Ana Bacalhau.

A cantora que integra o grupo dos Deolinda, apesar de por motivos profissionais, não ter podido marcar presença, enviou uma mensagem: “É com muita pena minha que não estou presente, porque estou na Bélgica para atuar. Mas agradeço, do fundo do coração, este convite que tanto me honra, e contem comigo para tudo aquilo que precisarem. Assim que estiver em Portugal, dou um saltinho a Santo Tirso e estou convosco, quero muito estar convosco brevemente”.

Já o autor de temas como “Se eu fosse um dia o teu olhar” ou “Ilumina-me”, Pedro Abrunhosa, reforçou a necessidade de criar igualdade para todos: “Nós todos somos culpados pelas grandes assimetrias culturais e sociais que existem, e portanto esta é uma das formas de nos redimirmos disso, envolvermo-nos nesta devolução de dignidade às pessoas que têm problemas de integração social, ajudando quem tem de ser ajudado. Gostava de viver num país em que não fosse necessário este trabalho, esta doação por parte de voluntários, em que isso fosse um dado adquirido: o de que todos temos direitos iguais e acesso aos mesmos meios e recursos”, referiu.

Na nota da câmara tirsense lê-se que para o futuro da instituição, esta autarquia tem em vista a construção de uma residência autónoma para os utentes sem retaguarda familiar, bem como a criação de um novo polo na zona nascente do concelho, que dará resposta ao Centro de Atividades Ocupacionais, e permitirá a formação e integração profissional destes jovens.

FOTOS: CM Santo Tirso