Plural&Singular estabelece parceria com o Projeto Guimarães Inclusivo
- Escrito por Sofia Pires
- Publicado em Saúde e Bem-Estar
O Núcleo de Inclusão, Comunicação e Media - Palavras Infinitas, que gere a marca Plural&Singular, estabeleceu um protocolo de parceria com a Sol do Ave – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Vale Ave e a Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e Integração Social, no âmbito do Projeto Guimarães Inclusivo.
O Projeto Guimarães Inclusivo apresenta-se como um programa de desenvolvimento social integrado que contempla uma ação multidimensional em torno de diferentes eixos de ação - desde o Emprego e Qualificação, Intervenção Familiar e Parental Preventiva da Pobreza Infantil até à Capacitação da Comunidade e das Instituições - que confluem para a inclusão de indivíduos em situação de exclusão social.
“Assim, e no âmbito do eixo Capacitação da Comunidade e das Instituições é fundamental apostar numa articulação próxima com a Palavras Infinitas”, pode ler-se no protocolo de parceria.
O presente protocolo visa a cedência de uma sala das instalações da Fraterna para o desenvolvimento das sessões de apoio aos cuidadores informais de pessoas com deficiência, um projeto que a Plural&Singular decidiu desenvolver por entender que, cuidadores mais capacitados para lidar com os desafios que esta tarefa acarreta e que se sintam emocionalmente mais estáveis por terem oportunidade de se envolverem em algo à parte do contexto direto de prestação de cuidados, se repercute também na qualidade de vida dos dependentes.
“O apoio ao cuidador é importante, nomeadamente, quando se trata de cuidadores informais, normalmente os familiares diretos da pessoa com deficiência e, como tal, têm interferência direta nas decisões e qualidade de vida da mesma”, pode ler-se na apresentação deste projeto da Plural&Singular.
Também no âmbito deste protocolo, a Plural&Singular compromete-se a integrar os cuidadores informais acompanhados pelo Projeto Guimarães Inclusivo que, por sua vez, vai apoiar a identificação de outros cuidadores informais que possam participar nas sessões de grupo.
“Nós, os cuidadores - Sessões de grupo para cuidadores informais”, uma iniciativa integrada no projeto mais alargado “Sexualidade&Afetos”, inicialmente, terá a duração de três meses, com uma sessão semanal de duas horas, correspondendo a um total de 14 sessões, somando 28 horas de apoio.
Mas procura mais parceiros, apoios e patrocínios para o desenvolvimento de todas as atividades que pretende desenvolver e para conseguir disponibilizar este apoio de forma continuada, criar sessões de apoio paralelas com grupos diferentes e disseminar o projeto por outros concelhos e regiões.
Se estiver interessado em colaborar connosco ou se for cuidador informal de uma pessoa com deficiência e gostaria de integrar as sessões de grupo entre em contacto com a Plural&Singular através do email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Itens relacionados
-
Amplifica a tua voz a 28, 28 e 30 de abril
O João tem 17 anos, adora música eletrónica e passa horas a criar sons no telemóvel. Queria muito ser DJ, mas na escola e em casa quase ninguém o leva a sério — dizem que aquilo “não é para ele”, só porque anda de cadeira de rodas. Desde pequeno, ouviu mais "não podes" do que "vamos tentar juntos". Já ficou fora de visitas de estudo, de trabalhos de grupo e até das festas.
-
As políticas de habitação em Portugal: “Casas sim, barracas não!”
As políticas de habitação em Portugal evoluíram de um modelo liberal, com escassa intervenção pública, para abordagens mais centralizadas e sociais. No entanto, desafios como a desigualdade no acesso, a especulação imobiliária e a segregação urbana continuam a verificar-se. Gonçalo Antunes é geógrafo, professor universitário na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) e foi na qualidade de especialista em políticas de habitação e dinâmicas do mercado imobiliário que, em entrevista à Plural&Singular, falou sobre a evolução do direito à habitação em Portugal.
-
Ana Catarina Correia: “A geração atual de ativistas em Portugal, apesar de reduzida e ainda pouco expressiva, tem a responsabilidade e missão de preparar as gerações futuras para o ativismo”
E veio mesmo a calhar, a entrevista que assume a responsabilidade de representar dois meses - julho e agosto – mas a protagonista aguenta bem este desafio. Ana Catarina Correia que se apresenta como socióloga, ativista e atleta está neste momento a dar a cara pela vertente desportiva. Depois de vencer a britânica líder do ranking mundial, Claire Taggart nas meias-finais de individuais BC2 de Boccia, vai disputar a final no sábado, 12 de agosto, contra a neerlandesa Chantal Van Engelen nos Campeonatos Paralímpicos Europeus.
-
Marta Pinheiro "A pandemia primeiro e a guerra na Ucrânia depois, causaram um reposicionar do foco e as questões da deficiência não têm tido a mesma atenção que vinham registando na legislatura anterior".
Marta Pinheiro, secretária da direção nacional da ACAPO, dá a cara pelo ativismo das pessoas cegas e com baixa visão através desta associação. A participação nesta instituição nacional, que no próximo ano completa 40 anos de existência, é apenas uma das facetas desta mulher de 42 anos, mãe, esposa, administrativa e terapeuta de Reiki.
-
Lia Ferreira: “A mudança só acontece quando se instala a consciência social global sobre as necessidades a suprir”.
Lia Ferreira é arquiteta especialista em acessibilidade e inclusão e coordenadora da Estrutura de Missão para a Promoção das Acessibilidades, o órgão responsável por dar início aos trabalhos que vão conduzir à elaboração do Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade.