Nada sober vós sem vós

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updated 9:38 AM UTC, Apr 20, 2025
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ESTEJA ATENTO: a Plural&Singular é agora uma revista de diversidade, equidade e inclusão (DEI) - dá agora voz às questões de género, de orientação sexual, de deficiência, de classes, religiosas, étnicas, etc

As pessoas com deficiência, ontem, hoje e amanhã

E quando sonha o filho 

Como agora está sonhando

Com palavras que só nós conhecemos

Com estas palavras que lhe construo

Em noites como esta,

Quando o meu filho sonha 

É um canto

 

Andrés Aberasturi 

In Un blanco deslumbramiento (palabras para Cris)

 

Ontem as pessoas com deficiência eram os coxos, os paralíticos, os ceguinhos, os mudos. Eram a encarnação do castigo ou um símbolo de sorte. Eram escondidos ou usados como fonte de rendimento das famílias nas ruas onde estendiam as mãos à caridade. De uma ou outra forma eram sinalizados, distinguidos. Ler mais

Abertas as candidaturas ao Prémio Dignitas 2013

Está aberto o processo de candidatura à 5.ª edição do Prémio Dignitas, uma distinção da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) e que conta com o apoio da MSD. As candidaturas deverão ser formalizadas até ao próximo dia 31 de março, junto da sede da APD, pessoalmente ou por correio. Ler mais 

Políticas de educação ou o regresso ao passado

Nos últimos anos a legislação sobre educação dos alunos com necessidades educativas especiais tem vindo a afastar-se da perspetiva inclusiva para, numa lógica economicista, se centrar na colocação de alunos com determinados tipos de deficiência em escolas e turmas segregadas. 

O Decreto-Lei 3/2008, de 7 de janeiro determinou a transformação das escolas de ensino especial em Centros de Recursos para a Inclusão (CRI). Criou as escolas de referência e unidades especializadas, uma forma de segregação “soft”, cujo único objetivo era concentrar recursos para investir menos na educação dos alunos com deficiência. Ler mais

"Pontapé de Saída" - Época Desportiva 2013/2014 na APD

Desde a sua fundação em 1972, a Associação Portuguesa de Deficientes (APD) deu sempre um grande relevo à prática do desporto, enquanto fator de inclusão social, mas não descurando também o aspeto competitivo.

Contudo, se andarmos 40 anos para trás, nada se compara com as próximas épocas desportivas que ai vêm...vão ser de longe as mais difíceis de ultrapassar por toda a austeridade imposta e pela escassez de apoios. Ler mais

Saúde – Direito Fundamental das Pessoas com Deficiência

A relação saúde/deficiência define-se, porque o padrão da normalidade consiste na funcionalidade do grupo, cuja alteração, quando a «normalização» é complexa, é considerada «deficiência». A deficiência era, durante decénios, estabelecida através de modelo médico; durante essa etapa, a deficiência inscrevia-se no serviço «saúde», abrangendo saúde materno-infantil, intervenção precoce e outras intervenções, ao longo da existência das pessoas com deficiência congénita, desde logo reconhecidas como sujeitos de «cura improvável». As pessoas com deficiência adquirida, antes de assumirem a condição de «deficiente» lutam pela «cura total», incluindo, muitas vezes, recurso à procura de alternativas afastadas da medicina convencional; reconhecida a «deficiência», ainda no serviço de saúde, inicia-se a reabilitação, cujo conceito evoluiu, mas em síntese, visa: o restabelecimento da maioria das funcionalidades lesadas; a maximização das remanescentes. Ler mais

Orçamento Geral de Estado para 2014: Mais pobreza e menos dignidade

O Orçamento de Estado para 2014 dá continuidade às actuais políticas assentes em cortes nos rendimentos dos trabalhadores e pensionistas e em mais despedimentos na Administração Pública, que afectam também os trabalhadores e pensionistas com deficiência.

A inqualificável decisão de aplicar uma redução remuneratória aos trabalhadores da Administração Pública a partir dos 675,00€, montante que coloca os trabalhadores próximo do limiar da pobreza, e configura uma quebra de contrato intolerável, ainda mais quando parte do próprio Estado, irá ter consequências dramáticas em todos os agregados familiares, ainda mais graves quando estes integram pessoas com deficiência. Nunca é demais recordar que, segundo o estudo do CES de Coimbra, os custos acrescidos da deficiência variam entre 6.000 e 27.000 euros anuais. Ler mais